Pode-se dizer que a Alocasia Amazonica, é uma verdadeira peça de arte viva. Famosa por seu apelido “Poly” ou “African Mask“, esta exótica folhagem se tornou muito popular para decoração de ambientes internos.
Seu cultivo não é complicado, no entanto alguns erros básicos podem provocar um dano irreversível.
Sobre a Alocasia Amazonica
A Alocasia Amazonica, apesar de seu nome sugerir uma conexão com a Amazônia, na verdade não tem origem natural na bacia amazônica. Este equívoco comum decorre principalmente de seu apelido exótico e aparência tropical.
Na verdade, a Alocasia Amazonica replica as melhores características de duas variações de uma espécie. É desenvolvida em ambientes controlados e não encontrada na natureza. Ou seja, ela é resultado do cruzamento entre a Alocasia longiloba e a Alocasia sanderiana.
Estas duas espécies são nativas do Sudeste Asiático, especificamente da Malásia e das Filipinas.
A criação dessa planta foi motivada pela busca por uma espécie com folhas esteticamente atraentes e ao mesmo tempo adaptáveis ao ambiente doméstico.
Com o tempo, a Alocasia Amazonica ganhou popularidade entre os colecionadores de plantas exóticas. Isso se deve sobretudo às suas marcantes folhas verdes escuras, com veios brancos ou prateados que contrastam de maneira impressionante.
Além disso, ela tem uma boa capacidade de adaptação em interiores.
Características
A Alocasia Amazonica é uma planta perene com folhas grandes, brilhantes e de textura cerosa. Cada folha emerge de um caule rígido e pode alcançar até 40 centímetros de comprimento em condições ideais de crescimento.
O formato das folhas é pontiagudo e levemente ondulado, com contornos que lembram uma máscara africana, o que contribui para um de seus apelidos mais populares no exterior.
As veias das folhas são um dos traços mais notáveis desta espécie. Elas se destacam em um tom prateado ou branco, contrastando vivamente com o verde escuro da folha.
Este contraste não só é visualmente impressionante, mas também serve para maximizar a absorção de luz em condições de pouca luminosidade.
Esse é aliás, um traço adaptativo das suas espécies parentais, Alocasia longiloba e Alocasia sanderiana.
Tanto a Alocasia longiloba, cujo nome significa “com folhas longas”, quanto a Alocasia sanderiana, batizada em homenagem ao colecionador de plantas Henry Frederick Conrad Sander, são ambas conhecidas por sua resistência e folhagem decorativa.
A Alocasia Amazonica pode produzir flores esporadicamente. As flores, no entanto, são menos espetaculares do que a folhagem. Geralmente aparecem como um espádice – um tipo de inflorescência coberta por uma espata, que é uma bráctea que envolve o cacho floral.
Em condições de cultivo doméstico, é raro que floresçam, e quando o fazem, a energia despendida na floração pode enfraquecer a planta se não cuidada adequadamente.
Esta planta é considerada de pequeno a médio porte, o que a torna ideal para interiores, especialmente em espaços onde o chão não permite grandes vasos ou jardins internos extensivos.
Seu crescimento vertical e a natureza compacta das suas folhas permitem que ela ocupe um espaço aéreo maior do que de superfície, o que é uma vantagem significativa para quem possui espaço limitado.
Como Cuidar da Alocasia Amazonica
A Alocasia gosta de solo umedecido, regas regulares, sem exageros e luz filtrada, desde que em ambientes bem claros. Acompanhe os detalhes para cuidar melhor de sua planta.
Como Regar
A rega adequada é um ponto fundamental para o sucesso no cultivo, pois ela prefere um solo consistentemente úmido, mas não saturado de água.
A frequência de rega dependerá de fatores como a umidade do ar, a temperatura ambiente e a estação do ano.
Durante os meses mais quentes e de crescimento ativo, geralmente na primavera e no verão, a Alocasia Amazonica pode necessitar de rega duas a três vezes por semana, por exemplo.
No entanto, permita que a camada superior do solo (cerca de 2 a 3 cm) seque ao toque antes de regar novamente.
Isso ajudará a prevenir o apodrecimento das raízes, uma condição comum em solos excessivamente úmidos.
Já no outono e inverno, é bom reduzir a frequência de rega para uma vez por semana ou até menos, dependendo das condições de umidade em sua casa.
Substrato
A Alocasia gosta de solo solto e leve. Ela cresce na natureza embaixo das sombras das árvores, no meio de florestas que possuem o chão repleto de folhas caídas e ao lado de outras espécies menores.
Escolha uma mistura de substrato com excelente drenagem e ao mesmo tempo com capacidade de reter um pouco a umidade.
Uma mistura recomendada é composta por uma parte de terra vegetal, uma parte de perlita e uma parte casca de pinus. Esta combinação promove a drenagem necessária enquanto mantém o substrato suficientemente aerado e úmido.
- Terra vegetal: fornece nutrientes essenciais e sustenta as raízes da planta.
- Perlita: melhora a aeração e a drenagem, evitando que o solo se compacte, o que é vital para a saúde das raízes.
- Casca de pinus: ajuda a reter a umidade, mantendo o substrato úmido sem encharcar.
Além disso, é recomendável usar um vaso com furos de drenagem com uma camada de pedras ou argila expandida no fundo.
Esta prática ajuda a manter o equilíbrio ideal de umidade, que é crítico para evitar doenças radiculares.
Luz e Temperatura
A Alocasia Amazonica gosta de condições de luz indireta e muito brilhante. A exposição direta ao sol, especialmente durante as horas mais quentes do dia, pode causar queimaduras nas folhas, deixando marcas marrons ou causando descoloração do vibrante verde escuro.
Como uma planta tropical, ela prefere um ambiente quente e estável. A faixa de temperatura ideal durante o dia é entre 18°C e 25°C. Durante a noite, temperaturas um pouco mais baixas são aceitáveis, mas deve-se evitar qualquer coisa abaixo de 15°C, pois temperaturas frias podem retardar seu crescimento e até mesmo causar danos às raízes e folhas.
Manter a Alocasia Amazonica em condições ideais de luz e temperatura não só favorece seu crescimento robusto, mas também ajuda na prevenção de problemas comuns, como o amarelecimento das folhas ou o crescimento atrofiado.
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Passo a Passo para a Propagação da Alocasia Amazonica
Antes de começar a divisão, regue a planta abundantemente um dia antes para garantir que o solo esteja úmido e mais fácil de manusear.
- Remoção da Planta: com cuidado, retire a planta inteira do vaso. Remova o excesso de terra dos rizomas delicadamente, preferencialmente com as mãos ou com a ajuda de uma pequena escova.
- Divisão: identifique os pontos naturais de divisão onde os rizomas estão separados ou podem ser facilmente separados com um mínimo de dano. Utilize uma faca afiada e limpa para cortar cuidadosamente entre os rizomas, certificando-se de que cada seção tenha pelo menos um ponto de crescimento saudável (um broto ou uma folha emergente).
- Plantio: em seguida, plante cada rizoma dividido em seu próprio vaso, usando uma mistura de solo como descrito na seção sobre substrato. O vaso deve ter um bom sistema de drenagem para evitar o acúmulo de umidade excessiva.
- Cuidados Pós-Plantio: coloque os novos vasos em um local com luz indireta brilhante e mantenha o solo consistentemente úmido, mas não encharcado. Evite fertilizar as plantas recém-propagadas por cerca de um mês para permitir que os rizomas se estabeleçam sem estresse adicional.
A partir daí, mantenha um olho nas plantas para verificar se há sinais de estresse ou doença e ajuste as condições de cuidado conforme necessário.
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