Existem alguns erros comuns que muitas pessoas cometem ao cuidar de plantas e que podem prejudicar o seu desenvolvimento e até mesmo matá-las. Neste artigo, vamos mostrar quais são esses erros e como evitá-los para ter plantas em casa de dar inveja. Acompanhe!
1. Escolher as plantas erradas para o seu ambiente
Você gosta de plantas, mas não sabe quais são as melhores para cultivar em ambientes internos? Ou já comprou algumas espécies que não sobreviveram por muito tempo dentro de casa?
Você não está sozinho nessa busca, afinal a quantidade de opções de plantas é enorme. Cada uma tem suas características particulares e nesse sentido, uma espécie que gosta de sol não vai se desenvolver dentro de casa. E o contrário também não vai funcionar no seu jardim. Acredite, escolher a planta errada pode ser desanimador, sobretudo para quem está iniciando sua jornada com as plantas.
Algumas plantas que se dão bem em ambientes internos são do gênero Anthurium, Hoya, Philodendron, Begonia, Peperomia, Rhipsalis e muito mais.
Algumas são mais fáceis de cuidar, como a jiboia por exemplo. Outras exigem maior quantidade de rega como as samambaias. Mas todas elas gostam de locais com luz indireta ou difusa.
Já outras plantas precisam de mais luz para se desenvolver, como por exemplo, a maioria dos cactos e suculentas, bem como as plantas floríferas e frutíferas. Elas são ideais para jardins, varandas abertas ou janelas que recebem sol direto por pelo menos algumas horas por dia.
Uma dica é observar as folhas das plantas. Embora os sintomas possam ser indício de muitos outros problemas, a falta de sol ou o excesso dele são notados primeiramente nas folhas. Se elas estiverem amareladas ou queimadas, pode ser sinal de excesso de sol; se elas estiverem murchas ou caídas, pode ser falta de luz.
2. Regar demais ou de menos as plantas
A rega é um dos cuidados mais importantes e delicados na jardinagem, pois cada planta tem uma necessidade diferente de água.
Algumas plantas gostam de solo úmido, mas não encharcado. Essas plantas devem ser regadas com frequência, mas sem deixar o solo ficar enlameado. Alguns exemplos de plantas que gostam de solo úmido são as violetas, as orquídeas e as begônias.
Outras plantas gostam de solo seco, pois são adaptadas a climas áridos e armazenam água em suas folhas ou caules. Essas plantas devem ser regadas com pouca frequência, apenas quando o solo estiver completamente seco. Exemplos de plantas que gostam de solo seco são as suculentas, os cactos e as zamioculcas.
Para verificar a umidade do solo, você pode usar o dedo ou um palito de madeira. Insira o dedo ou o palito no solo até alguns centímetros de profundidade e sinta se está úmido ou seco. Se estiver úmido, espere um dia, dois ou até mais para regar. Se estiver seco, regue até que a água escorra pelos furos do vaso.
Os sinais de excesso ou falta de água nas plantas podem variar de acordo com a espécie, mas alguns dos mais comuns são:
- Folhas amareladas: podem indicar tanto excesso quanto falta de água. No caso do excesso, as folhas ficam amarelas porque as raízes não conseguem absorver os nutrientes do solo. No caso da falta, as folhas ficam amarelas porque a planta está perdendo clorofila.
- Folhas murchas: podem indicar falta de água. As folhas murcham porque a planta não tem água suficiente para manter os líquidos que precisa dentro das células.
- Folhas manchadas: podem indicar excesso de água. As folhas ficam manchadas porque a planta está sofrendo com o ataque de fungos ou bactérias que se proliferam em ambientes úmidos.
3. Não adubar e podar as plantas
A adubação fornece os nutrientes que as plantas precisam para crescer e se desenvolver, e a poda ajuda a eliminar as partes danificadas ou indesejadas, melhorando a forma e a aparência das plantas.
Existem vários tipos de adubos que você pode usar, dependendo das necessidades de cada planta.
Os adubos orgânicos são feitos de materiais naturais, como esterco, cascas de frutas e folhas secas, e liberam os nutrientes lentamente no solo.
Por outro lado, os adubos químicos são formulados com elementos específicos, como nitrogênio, fósforo e potássio, e têm uma ação mais rápida e concentrada. Você deve seguir as instruções de cada produto para aplicá-los na quantidade e na frequência adequadas.
A poda também deve ser feita de acordo com o tipo e a finalidade de cada planta. Existem três tipos principais de poda:
- Poda de limpeza: remove as partes secas, doentes ou quebradas
- Formação: que dá um formato desejado à planta
- Rejuvenescimento: renova as plantas mais velhas ou mal cuidadas.
Use ferramentas adequadas e afiadas para fazer os cortes, e evitar podar as plantas em épocas de muito calor ou frio.
O melhor período para adubar e podar as plantas é aquele que respeita o ciclo de floração e frutificação delas.
Em geral, as plantas devem ser adubadas na primavera e no verão, que são as estações mais favoráveis ao crescimento.
Já a poda deve ser feita no outono ou no inverno, quando as plantas estão em repouso ou dormência.
4. Não observar os sinais de pragas e doenças
Um dos cuidados essenciais com as plantas é ficar atento aos sinais de pragas e doenças. As plantas podem ser atacadas por diversos organismos que prejudicam seu crescimento e desenvolvimento, como insetos, fungos e bactérias.
Algumas pragas e doenças comuns nas plantas:
- Pulgões: que sugam a seiva e transmitem vírus
- Cochonilhas: que formam colônias nas folhas e ramos
- Ferrugem: que causa manchas alaranjadas nas folhas
- Oídio: que provoca um pó branco na superfície das folhas.
Para prevenir e combater esses problemas, existem algumas medidas que podem ser tomadas, como usar o controle biológico, que consiste em introduzir predadores naturais das pragas; aplicar inseticidas e fungicidas naturais ou químicos, de acordo com a recomendação do fabricante; e podar as partes afetadas das plantas.
Alguns sintomas das pragas e doenças são facilmente identificáveis, como por exemplo manchas, furos, deformações e secreções. Assim, agir rapidamente na exterminação dessas pragas salvará sua planta.
5. Não limpar os vasos e as ferramentas de jardinagem
Você sabia que a limpeza dos vasos e das ferramentas de jardinagem evita a propagação de pragas e doenças que podem prejudicar as suas plantas?
Para limpar os vasos e as ferramentas de jardinagem, você pode seguir algumas dicas simples:
- Lave os vasos, sobretudo se for reaproveitá-lo para outra planta. Isso evita que alguma contaminação se espalhe de uma planta para outra
- Ferramentas de jardinagem também devem ser limpas com água e sabão neutro, ou álcool depois de cada uso. Isso vai remover a sujeira e os resíduos que podem acumular bactérias e fungos
- Desinfete os vasos e as ferramentas de jardinagem com álcool ou vinagre pelo menos uma vez por mês. Isso vai eliminar os germes e os insetos que podem transmitir doenças para as suas plantas.
- Seque bem os vasos e as ferramentas de jardinagem antes de guardá-los. Isso vai evitar a oxidação e a corrosão dos metais e a proliferação de mofo nos plásticos.
- Escolha os melhores vasos e ferramentas de jardinagem para cada tipo de planta. Você deve levar em conta o tamanho, o material e a qualidade dos seus vasos e ferramentas de jardinagem.
6. Não respeitar as estações do ano e as mudanças climáticas
As plantas são sensíveis às condições do ambiente para crescer e se reproduzir. Não respeitar as estações do ano e as mudanças climáticas pode causar danos às plantas, como estresse hídrico, queimaduras, quedas e atrasos na floração e na frutificação.
E embora no Brasil as temperaturas sejam mais amenas se compararmos com o Hemisfério Norte, temos um período de frio mais extremo no Sul do país. Além disso, as temperaturas podem subir bastante no verão na maioria dos estados do Centro-Oeste, Nordeste e Norte do país.
Algumas plantas se adaptam melhor a cada estação do ano, porém a maioria das plantas tropicais, por exemplo, não toleram o frio.
Para proteger as plantas das variações de temperatura, umidade e luminosidade, é preciso usar alguns recursos, como coberturas, sombrites e regadores.
7. Não se informar sobre as necessidades específicas de cada planta
Um erro comum que muitos jardineiros cometem é não se informar sobre as necessidades específicas de cada planta. Isso pode levar a problemas sérios, como a perda de plantas ou o comprometimento da sua saúde e beleza.
Por exemplo, as samambaias gostam de calor e umidade. As orquídeas precisam de um substrato leve e arejado, e de muita luminosidade indireta. As bromélias precisam de um substrato rico em matéria orgânica, e de regas frequentes no centro da planta.
Para atender às necessidades especiais das plantas, é preciso oferecer substratos, adubos e regas adequados, e simular o ambiente natural em que elas vivem.
Assim, é recomendável se informar melhor sobre as necessidades específicas de cada espécie fazendo uma pesquisa através do nome científico. Além disso, que tal conversar com amigos que já pratiquem a jardinagem ou com profissionais e outros jardineiros? A consulta a livros e sites de jardinagem são muito enriquecedoras também.
Aqui no nosso site você encontrará muito material para iniciar sua jornada com as plantas. E se quiser se aprofundar nesse tema em específico, leia sobre os 5 erros comuns no cultivo de suculentas.
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