Plantas Aquáticas Flutuantes

plantas aquáticas flutuantes victoria amazonica

A plantas aquáticas flutuantes podem ser divididas a princípio em dois grupos diferentes. Além das plantas que flutuam livremente na superfície da água, sem que toquem o lodo, existe um outro tipo que embora suas folhas flutuem na superfície, suas raízes são presas no fundo.

As plantas flutuantes não só deixam seu local muito mais bonito como também servem de fonte de abrigo e criadouro para peixes e anfíbios. Ainda mais, são capazes de manter a oxigenação constante da água, bem como evitar o aquecimento.

Com relação aos cuidados, o quesito mais importante é a luz solar direta. No entanto, a manutenção das plantas aquáticas é muito simples já que não precisam de rega e quase nenhuma adubação.

Se você tem um jardim com ambiente molhado, brejo, tanque ou lago, precisa dessas espécies de plantas, capazes de tolerar níveis altos de umidade. Entenda, primeiramente, quais são os tipos de plantas aquáticas.

Tipos de Plantas Aquáticas

Antes de listarmos as plantas, convém distinguir os tipos de plantas aquáticas. A grande maioria delas, salvo poucas exceções, precisa de luz solar direta.

Uma parte das plantas que suportam altos níveis de umidade vivem em terrenos pantanosos ou muito úmidos. Elas geralmente ornam a margem dos lagos. Bem como, existe um outro tipo que vive dentro da água, nesse caso elas podem ser separadas da seguinte maneira:

  • Espécies flutuantes ou com o ápice acima da superfície e enraizadas em lodo
  • Plantas que nunca emergem acima da superfície e enraizadas no lodo
  • Plantas flutuantes na superfície e que não são enraizadas no lodo
  • Espécies submersas abaixo da superfície e que não são enraizadas em lodo.

Plantas Aquáticas Flutuantes

1 – Aguapé (Eichhornia crassipes

Plantas aquáticas flutuantes Eichhornia crassipes

Conhecida também como Camalote, Rainha-dos-lagos, Mururé, Jacinto-d’água, Baronesa e Pareci ela é nativa da América tropical, incluindo o Brasil. Tanto suas folhas quanto suas flores são extremamente atrativas pela sua beleza. As flores do Aguapé surgem no verão, tem a cor lilás com detalhe amarelo no centro.

Elas servem de proteção para os ovos de muitos peixes, no entanto podem se multiplicar a ponto de tomar conta de toda a superfície molhada, o que prejudica o fitoplâncton (organismos microscópicos) pela falta de luz.

2 – Flor-de-Lótus (Nelumbo nucifera)

Plantas flutuantes Nelumbo nucifera

Longos pecíolos que revelam folhas grandes, de bordas onduladas e que surgem bem acima da superfície da água. A Flor-de-lótus tem as flores vistosas brancas ou rosas, perfumadas assim como seus frutos, que são também comestíveis. Repleta de simbolismo, sobretudo em seus países de origem (Japão, Filipinas, Índia e Austrália), ela possui sementes que podem germinar séculos depois.

É uma planta aquática que prefere locais menos profundos, com 20 a 40 cm de profundidade. Seus rizomas se prendem no lodo. Embora prefira o cultivo em regiões de clima mais ameno, como o sul do país, a Flor-de-lótus pode ser cultivada mesmo em regiões tropicais.

3 – Ninfeia-azul (Nymphaea caerulea)

plantas aquáticas Nymphaea caerulea

A Ninfeia-azul é uma planta aquática flutuante nativa da África do Sul com folhagem e floração excepcionais. Ela prende seus tubérculos em lodos de até 30 cm e emergem folhas e flores na superfície. Podem ser cultivadas em lagos e tanques com profundidade de até 70 cm.

Suas flores são grandes e solitárias, de cor azulada com o centro amarelo. Elas surgem através de longos pedúnculos na primavera e no verão. Embora ela possa ser cultivada em todo o país, em climas mais frios com os da Região Sul, durante o inverno, as folhas da Ninfeia-azul desaparecem para ressurgir na primavera.

4 – Vitória-régia (Victoria amazonica

Victoria amazonica plantas aquáticas flutuantes

Nativa dos rios amazônicos do Norte do Brasil, Bolívia e Guianas, a Vitória-régia é uma das plantas aquáticas flutuantes mais espetaculares do mundo. Suas folhas gigantes, com diâmetro de mais de 2 metros são flutuantes e circulares, com bordas elevadas de até 10 cm. Sua parte inferior é avermelhada e repleta de espinhos. Embora as folhas sejam gigantes, cada planta possui até 24 folhas. As folhas têm um sistema interessante de canais tanto para flutuação como para o escoamento da água das chuvas.

É uma planta anual que aceita o cultivo em qualquer região do país, porém fora das regiões tropicais, por falta de polinizadores, deve ser replantada a cada ano. As flores são brancas, perfumadas e surgem no verão e no outono, uma a cada 2 ou 3 dias. No entanto, elas duram apenas 48 horas, quando seu perfume atrai o besouro Cyclocefalo casteneaea, responsável por sua polinização. Como a flor se fecha durante a noite, o besouro acaba aprisionado, só saindo no dia seguinte.

 5 – Alface-d’água (Pistia stratiotes

Pistia stratiotes folhas aveludadas em tom de verde-claro

A Alface-d’água é uma aquática flutuante nativa do Brasil e de todos os outros países da América tropical. É uma planta pequena de até 20 cm de altura com folhagem verde-clara, aveludada e veios ondulados que formam lindas rosetas na superfície.

Elas ajudam a combater as algas e tem uma multiplicação muito rápida. Embora ela sirva de refúgio para os ovos de peixes, a Alface-d’água deve ser contida regularmente para evitar a sombra em toda a extensão do local. Elas preferem temperaturas entre 20° e 30° C.

6 – Mandala-aquática (Ludwigia sedioides)

Ludwigia sedioides folhas em formato de mosaico flutuante

Nativa do Brasil e da Venezuela, ela também é conhecida como Flor-de-mosaico, Planta-mosaico, Canário-de-água e Falsa-vida-selvagem. Tem uma ramificação que forma uma cobertura de folhas dispostas geometricamente com efeito deslumbrante, que pode chegar a 2 metros de diâmetro.

A Mandala-aquática prefere clima tropical com água parada e pode se tornar infestante em alguns locais com clima mais quente.

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7 – Estrela-branca (Nymphoides humboldtiana)

Nymphoides humboldtiana folhas flutuantes verdes e flores pequenas brancas

A Estrela-branca é uma aquática flutuante perene com raízes que se prendem ao fundo do lodo, contudo em ambientes com no mínimo 25 cm de profundidade. Ela ocorre em todos os biomas brasileiros, Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.

Suas folhas são flutuantes de formato arredondado muito decorativas. Ainda mais, as flores têm um aspecto plumoso por causa das bordas de suas pétalas que tem uma espécie de filamento. Elas têm cor branca com o centro amarelo. No entanto, elas preferem as partes mais rasas dos lagos e tanques com cerca de 30 cm de profundidade.

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