Trepadeiras Nativas Do Brasil: Conheça Essas Maravilhas

trepadeiras nativas do Brasil

Imagine transformar completamente seu jardim ao ar livre em um refúgio aconchegante, onde cada folha e flor não só adornam o local como também envolvem seus visitantes. A magia começa com a escolha certa: as trepadeiras nativas do Brasil, além de estarem enraizadas na cultura e no clima, são a promessa de um espetáculo no jardim durante todo o ano.

Acompanhe os tipos de trepadeiras que separamos que além de serem espécies impressionantes em suas florações, são também campeãs na adaptação. De caramanchões a varandas, de cantos sombreados a vasos solitários, essas trepadeiras são capazes de mexer com o visual de qualquer espaço.

Trepadeiras Nativas do Brasil

1 – Norantea (Schwartzia brasiliensis)

Schwartzia brasiliensis
imagem: orlandograeff

A Norantea precisa de sol pelo menos por 6 horas diárias. Como resultado, floresce em várias estações do ano. Além disso, seu maior atrativo é o formato singular de suas flores que imitam um grupo de antenas com cores vermelhas e verdes.

É uma planta coringa, podendo se desenvolver tanto como trepadeira, como também como arbustos ou arvoretas, chegando a atingir mais de 6 metros de altura. Prefere solo arenoso, porém rico em nutrientes, assim como precisa de umidade moderada sem que ocorra períodos de seca entre as regas.

Ocorrem em diversos pontos do país: em toda a Região Sudeste e em vários estados do Nordeste e Sul, além do estado de Goiás.

2 – Cipó-tapiá (Camptosema spectabile )

Camptosema spectabile
Imagem: verdenoquintal

O Cipó-tapiá tem lindas flores vermelhas em cachos pendentes que formam um visual rico quando cultivadas como trepadeiras. Elas desenvolvem gavinhas que permitem se enroscar nas estruturas, podendo assim, alcançar mais de 5 metros.

São plantas de sol pleno e meia-sombra, que preferem solo areno-argiloso com umidade regular quando jovens. Ademais quando plantas adultas, já estabelecidas, tornam-se resistentes a pequenos períodos de seca.

O Cipó-tapiá ocorre na Caatinga e Mata Atlântica na parte leste do Brasil, desde São Paulo até a Bahia.

3 – Cipó-alho (Mansoa alliacea)

Mansoa alliacea

O Cipó-alho tem um curioso tipo, pois suas flores têm cores de rosa intenso que clareiam ao longo da semana, até chegarem em tons de bege. Tem crescimento moderado e seu porte não é tão grande quanto as demais plantas apresentadas aqui. Assim, seus ramos chegam no máximo a 3 metros de comprimento.

Embora aceitem o cultivo em meia sombra, suas flores surgem somente quando expostas ao sol pleno. Ainda que sejam nativas de florestas úmidas e de altas temperaturas, ela suporta climas mais frios.

Ele ocorre nas Florestas de Terra Firme e Pluvial do Amazonas, Pará e Maranhão.

4 – Ora-pro-nobis (Pereskia aculeata)

Mansoa alliacea

A trepadeira Ora-pró-nobis ocorre em todos os estados da Região Sul e Sudeste do Brasil, além dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Sergipe e Goiás. Por certo, além de ser uma planta muito ornamental, suas folhas e frutos são largamente consumidas em variados preparos culinários.

Ela também é conhecida como Azedinha, Cipó-santo, Espinho-de-santo-antônio, Espinho preto, Lobrodó, orabrodó, Rogai-por-nós e  Surucucu.

Gostam de solo bem drenado e não tolera o excesso de água, que causa a paralisação no seu avanço. É uma planta rústica, e embora seja resistente à seca precisa ser bem hidratada quando ainda jovem.

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5 – Ipoméia (Ipomoea cairica)

Ipomoea cairica)

A Ipoméia é uma planta que cresce rápido e vigorosa. Ela fica excelente para revestir cercas e muros. Contudo, se você não acompanhar o avanço, torna-se uma planta invasora.

Seus traços de planta trepadeira, facilitam o enroscar em espécies vizinhas, sufocando e impedindo assim, o desenvolvimento tanto de arbustos como de árvores.

Apresenta lindas flores roxas e rosas, dependendo da espécie. Crescem bem mesmo em solos com menos nutrientes.

É também conhecida por outros nomes populares como Corda de viola, Campainha, Enrola-semana e Jetirana.

6 – Cipó-de-São-João (Pyrostegia venusta)

Pyrostegia venusta

Talvez você já tenha visto o Cipó-de-São-João com outro nome. Ele é comum em festas populares de São João e recebe nomes bem diversos, como Cipó-de-lagarto, Cipó-pé-de-lagartixa, Flor-de-São-João, Cipó-de-São-João, Cipó-beija-flor e Marquesa-de-belas.

Tem uma ramagem densa e aceita os mais diversos tipos de solo. As flores laranjas surgem em profusão e são lindas com um formato longo que quando desabrocham lembram fitas que se enrolam.

Atraem muitos polinizadores.

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O Cipó-de-são-josé ocorre em todas as Regiões do país, desde a Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa até o Pantanal.

7 – Dipladênia (Mandevilla splendens)

Mandevilla splendens

A Dipladênia é uma planta pouco densa que se adequa a estruturas mais frágeis que não suportariam da mesma forma, o peso de plantas mais robustas. Possui flores em formato de trombeta nas cores rosa, branca ou vermelha que podem chegar a 10 cm de diâmetro.

Ficam bem em sol pleno como também a meia-sombra, sendo adequadas para o plantio em vasos e jardineiras.

Ela ocorre na Mata Atlântica do estado do Rio de Janeiro e também de Minas Gerais.

8 – Cuspidária (Cuspidaria convoluta)

Cuspidaria convoluta
Imagem: bel.harris

Conhecida também por Cipó-rosa em algumas regiões do país, essa trepadeira se “veste” inteira de cor-de-rosa no início da primavera. É nesse período de transição, quando as folhas que caíram no inverno ainda não cresceram novamente que ela tem seu auge de beleza e cor.

A Cuspidária deve ser cultivada em pleno sol em caramanchões, muros e portais em todas as regiões tropicais e subtropicais. Para conseguir uma floração espetacular, garanta um inverno seco, com poucas regas. É uma espécie que suporta temperaturas baixas de até 0°C.

Um pouco menos popular, mas com igual vigor e floração, a espécie nomeada alba tem as flores completamente brancas.

9 – Unha-de-gato (Dolichandra unguis-cati)

Dolichandra unguis-cati

Seu nome popular, derivado do nome científico, deve-se aos ramos com gavinhas terminais que tem a capacidade de subir e se agarrar ao suporte como unhas-de-gato.

Durante o período de crescimento, que leva alguns anos, ela nunca floresce. No entanto, após o amadurecimento de sua ramagem, ela forma uma cascata de flores amarelas maravilhosas. Isso acontece no período do início da primavera, quando a trepadeira ainda está sem folhas.

10 – Crajiru (Fridericia chica)

Fridericia chica
Imagem: macro.girassol

Ela é nativa em todo o território brasileiro, recebendo assim, além de Crajiru, diversos nomes populares distintos: Cajuru, Carajiru, Carajunu, Cipó-cruz, Pariri, Guajuru e Guajuru-pitanga.

É uma planta medicinal muito estudada, consumida na forma de chás e pastas e utilizada para curar diversas enfermidades.

A Crajiru é uma planta rústica que suporta longos períodos de estiagem e ainda tolera o frio de regiões com climas mais severos como os do sul do país. Sua floração, de cor rosa a lilás, surge no outono.

11 – Primavera (Bougainvillea glabra var. graciliflora)

Bougainvillea glabra var. graciliflora

Cultivada frequentemente com trepadeira, a Primavera é nativa do sul do Brasil, mas é muito provável que você já tenha visto algumas delas em outros cantos do país.

Tem um crescimento vigoroso, alguns espinhos e uma floração nada menos que espetacular. Ela gosta de sol pleno, sendo perfeita para diversos tipos de uso como em portais, grades, muros, cercas vivas e em pergolados. 

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