Além do seu próprio oásis, o seu jardim pode ser um paraíso para os pássaros, borboletas, abelhas e outros insetos. Na hora da escolha das plantas para jardim externo, a preferência por espécies nativas não só beneficia a fauna, com plantas que os animais conhecem há séculos, como também perpetua um ecossistema com espécies mais resistentes.
Todas as plantas que sugerimos a seguir são nativas do Brasil. São plantas particularmente adaptadas ao nosso clima e solo. Por certo, nosso país tem um vasto território e nem todas as espécies que suportam o calor excessivo de alguns estados são as mesmas que se adaptam ao clima mais frio do sul.
Plantas para Jardim Externo
Entre as nove espécies de plantas para jardim externo, você vai encontrar tamanhos variados de folhagem e também plantas floríferas com cores diferentes entre si. Escolha de acordo com o clima da sua região e com o espaço que você tem disponível.
1 – Trepadeira-Limão (Pereskia aculeata)
Se você precisa de uma trepadeira para preencher muros, paredes e cercas, dê uma boa olhada na beleza da Trepadeira-limão. Seu crescimento é moderado, tem ramos semi lenhosos e com espinhos.
Embora seja uma planta um pouco sensível a baixa temperatura, ela suporta muito bem solos de baixa fertilidade e longos períodos de seca.
Gosta de sol pleno, onde floresce abundantemente na primavera e no verão. Tem as abelhas como principal polinizador.
2 – Piteira (Furcraea foetida ‘Striata’)
Ela é conhecida também como Caraguatá-açu, Croatá-açu e Furcréia. É um arbusto em forma de roseta muito parecido com os agaves. As folhas suculentas são bastante ornamentais, longas, fibrosas, achatadas e com ponta aguda.
A inflorescência surge ereta e grossa com até 10 metros de altura. Mas somente depois de muitos anos de desenvolvimento da planta. Depois disso, a Piteira começa a declinar até morrer.
Ela deve ser cultivada em sol pleno, com solo fértil e bem irrigado, sobretudo quando a planta ainda é jovem. Uma vez adulta, ela suporta longos períodos de seca. Contudo, é uma planta sensível ao frio e as geadas.
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3 – Guaricanga-de-Bengala (Geonoma elegans)
Os múltiplos caules dessa palmeira e suas folhas sulcadas, largas e compridas divididas em segmentos desiguais formam um espetáculo no seu jardim. Como se não bastasse, além disso, as folhas da Guaricanga-de-bengala são brilhantes e cheias de nervuras.
É uma palmeira baixa que alcança de 1 a 2,5 metros de altura. Gosta de ficar a meia-sombra, protegida por árvores maiores do jardim.
O solo precisa ser rico em material orgânico, simulando os ambientes férteis das florestas tropicais. Assim como é necessário regas frequentes para manter a umidade.
4 – Taiá-Variegado (Xanthosoma atrovirens)
Embora o Taiá-variegado alcance apenas 50 ou 60 centímetros de altura, suas folhas são bem grandes e vistosas. Essa é uma espécie variegada, ou seja, as folhas são manchadas com cores brancas amareladas que se destacam junto ao verde predominante.
É uma herbácea rizomatosa sem caule e as folhas são originadas da base da planta. Deve ser cultivada em jardins semissombreados ou ainda em vasos e jardineiras que estejam protegidos da luz solar direta.
Gosta de solo constantemente umedecido e fértil. A formação de maciços nos jardins realça sua beleza tropical e densa.
5 – Cumanã (Euphorbia sipolisii)
A planta Cumanã ou Planta-palito é uma espécie endêmica que ocorre na região de Diamantina em Minas Gerais. Ela tem um aspecto de hastes longas e segmentadas, sempre com quatro quinas, de tal forma que lembra os cactos.
É um arbusto de cor verde, bastante ornamental, muito ramificado, leitoso e que atinge cerca de 90 cm de altura.
Além da sua beleza quando cultivado entouceirado em grupos, ele tem a vantagem de ser tolerante à falta de água.
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6 – Esponja (Calliandra brevipes)
Além de Esponja, ela recebe outros nomes dependendo da região do país, como por exemplo: Manduruvá, Quebra-foice e Esponjinha.
Suas flores são numerosas, em formato de pompom, rosadas e brancas com um efeito tão espetacular que parece uma planta de conto de fadas. Elas surgem nos meses entre a primavera e o verão.
Ela prefere o clima dos estados com temperatura mais amena, por exemplo, do sul do país. Sendo assim, tolerante a geadas e ao frio. Precisa de sol pleno para favorecer seu florescimento exuberante, além de solo fértil.
7 – Azulzinha (Evolvulus glomeratus)
Essa herbácea tem uma floração encantadora de cores azuis, como o nome popular já denuncia. É uma planta baixa de cerca de 30 centímetros de altura. E embora suas flores sejam pequenas, a grande vantagem é que elas florescem quase o ano todo.
A Azulzinha pode ser cultivada tanto em sol pleno como também a meia-sombra. Seu uso é muito comum, não só como bordaduras e renques como também em forração. Gosta de clima quente com solo bem drenado e rico em material orgânico.
8 – Semânia (Seemannia sylvatica)
A Semânia é conhecida também por Siníngia e Gloxínia. É uma planta muito decorativa e fica particularmente vistosa quando as flores vermelhas se formam no verão, em contraste com o verde escuro das folhas.
As folhas têm um formato longo em forma de lança, bem como a face superior áspera e as margens lisas. As flores solitárias, além da cor vermelha tem uma garganta amarela.
O cultivo é mais simples em regiões subtropicais com umidade mais alta. O solo deve ser fértil e mantido sempre umedecido. Prefere locais semissombreados e quentes.
9 – Gusmânia-Cherry (Guzmania lingulata ‘Cherry’)
Não poderíamos deixar as bromélias de fora. Típica planta tropical, amplamente cultivada em muitos jardins, assim como em ambientes internos. O sucesso das bromélias se deve não só a sua beleza como também à facilidade de cultivo.
A Gusmânia-cherry faz parte da família Bromeliaceae. Tem as folhas verdes laminadas que crescem em formato de roseta e que podem atingir cerca de 30 centímetros.
Da mesma forma de outras bromélias, ela é uma planta epífita, ou seja, que se apoia em outras plantas para se desenvolver, sem, contudo, retirar os nutrientes dela.
Pode ser cultivada isolada ou em canteiros desenhados com muitas espécies agrupadas. O solo deve ser rico em material orgânico e em locais semissombreados.
Aproveite que você está pesquisando sobre plantas nativas e veja também um outro artigo que escrevemos sobre trepadeiras nativas do Brasil.
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